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O presente que a gente dá não é garantia de brincadeira de criança.


O presente que a gente dá não é garantia de brincadeira de criança.

Faltam poucos dias para o Dia das Crianças e a batalha já começou por aqui.

Não estou falando de batalha de escolha de brinquedos, mas a batalha por parar com essa coisa de dar de presente o lançamento do personagem da moda. Aquele que a gente gasta uma minifortuna e que acaba indo parar no fundo do baú de brinquedos.

Eu sei que as crianças vão acabar ganhando um ou outro brinquedo, mas eu já estou trabalhando a cabeça do mais velho para algo diferente.

Criança quer presença e não presente, um passeio, uma atividade também pode ser um tipo de presente… blablablá, isso virou chavão.

Na hora do vamos ver, a gente aparece com um carrinho de 5 contos que é para a criança não ficar triste.

Entusiasta que sou do MILC (Movimento Infância Livre de Consumismo), tenho estado de olho(#estoudeolho) aos apelos que a mídia vem direcionando aos meus filhos, principalmente no que diz respeito aos brinquedos nessa época do ano.

O tal do “eu quero”, “compra pra mim”, tem dado lugar a um olhar curioso, desde que comecei a gongar as propagandas e as embalagens direcionadas a crianças aqui em casa. Posso estar pondo a carroça na frente dos bois, mas recentemente, em vez de ouvir um “mãe, compra um desse para mim”, ouvi um “mãe, esse brinquedo não faz isso de verdade, né?”. Confesso que que me senti vingada pelas vezes em que acabei cedendo aos apelos consumistas que ludibriaram minha família.

Mas eu escrevi este post mesmo, não para militar contra a indústria de brinquedos, e contra a mídia que faz brotar na nossa cabeça e na dos nossos pequenos a NECESSIDADE de determinado produto, nem para te convencer a não comprar presente para seu filho neste 12 de outubro. Escrevi mais para dizer duas coisas:

1) Ouvi a psicóloga Rosely Sayão dizer que quanto mais brinquedos tem, menos a criança brinca. (O depoimento dela você pode conferir neste vídeo que é comprido, mas riquíssimo.) Lembro-me de estar discutindo com meu marido as “atrações” da festa de aniversário de meus filhos que foram em casa. Ele queria alugar uns infláveis malucos, e eu vetei na hora. A preocupação dele era o que as crianças iriam fazer. Ué, criança vai brincar? Você brincava de quê nas festas? Tinha brinquedo, monitor, apresentação? Não. Vocês brincavam de pega-pega, esconde-esconde, de roubar doce da mesa, de dar cambalhota… O bolso agradeceu, e as crianças se divertiram horrores. Gravei esta frase, e toda vez que tem milhões de brinquedos espalhados pela casa e meu filho vem com essa de que quer pegar outro brinquedo, eu já solto o mantra da titia Rosely “Criança que tem muito brinquedo não brinca! Olha aí, é tanta coisa espalhada que você nem sabe o que fazer, com o que brincar”. Está funcionando!

2) Peça para seu filho te dar um presente. Com toda certeza ele vai te fazer um desenho, trazer uma flor de um jardim, uma pedra, uma folha seca. Vai arrancar uma camiseta da própria gaveta, vai embrulhar metade do biscoito dele. Para nossos pequenos, presentear é se fazer presente. Na concepção deles, dar algo de presente é uma forma de você se entregar à outra pessoa. Eu acredito que dar um passeio para uma criança com menos de 7 anos é meio decepcionante, pois a capacidade dos menores de abstrair que aquilo é um presente é um pouco mais complicado, já que eles aprendem tudo pelo concreto. Se é um presente, eles querem ver, pegar, sentir, cheirar, desembrulhar. Pelo menos enquanto essa concepção de presente existir. Aprenda com seu filho o que pode ser um presente. Um jogo da velha feito com pedras pintadas, escondido pela casa, com direito a caça ao tesouro vai gerar uma recordação de infância muito maior do que o desembrulhar de uma caixa cheia de lacres e um brinquedo que não trouxe brincadeira inclusa.

FELIZ DIAS DAS CRIANÇAS, TODOS OS DIAS!

Fonte:http://diiirce.com.br/

 

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